domingo, 23 de abril de 2023

NO MUNDO AFETIVO


Reprovamos a violência e clamamos contra a violência; no entanto, na vida de relação, muito raramente nos acomodamos sem ela, quando se trate de nossos caprichos.

Muito comum, principalmente quando amamos alguém, exigimos que esse alguém se nos condicione ao modo de ser.

Se os entes queridos não nos compartilham gostos e opiniões, eis-nos irritações ou estomagados, reclamando contra a vida;
todavia, a paz da alma requisita compreensão e da compreensão conhecem que cada um de nós tem a sua área própria de interesse e de ideais.

Todas as flores são flores, mas o gerânio não tem as características do cravo e nem a rosa as da violeta.

Todos os frutos são frutos, mas a laranja não guarda semelhança com a pera. Além disso, cada flor tem o seu perfume original, tanto quanto cada fruto não amadurece fora da época prevista.

Assim, também, as criaturas.

Cada pessoa respira em faixa diversa de evolução.

Junto nos detenhamos na companhia daqueles que sentem e pensam como nós, usufruindo os valores da afinidade: entretanto, sempre que amarmos alguém que comunga a onda de nossas ideias e emoções, abstenhamo-nos de lhe violentar a cabeça com os moldes em que se nos padroniza a vida espiritual.

Deus não dá cópias.

Cada criatura vive em determinado plano da criação, segundo as leis do criador.

Amparemos-nos para que em nosso setor de ação pessoal venhamos a ser nós mesmos. Respeitemo-nos mutuamente e ajudemo-nos a ser uns para os outros o que o Supremo Senhor espera que nós sejamos: uma bênção.

🌾🌻🌾
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Ceifa de Luz
🌾🌻🌾

23 de abril

Depende de você dar o primeiro passo na direção certa, fazendo contato direto coMigo; o resto se desdobrará naturalmente.

Cada alma tentará esse contato de maneira diferente, mas o que importa é que ele seja feito, mesmo que seja com hesitação no começo.

Entenda que depois do primeiro passo, os outros se tornarão mais firmes e seguros.

Você verá acontecer maravilha após maravilha se você fizer a Minha vontade e cuidar para que Minhas leis se manifestem na forma.

Sua fé e crença se tornarão mais fortes e inabaláveis à medida que você esperar que somente aconteça o melhor e se nutra com isso.

Veja os milagres acontecerem vezes e vezes seguidas, até que você não possa mais duvidar da maravilha dos Meus caminhos, até que você coloque toda sua fé e confiança em Mim e permita que Eu assuma o comando e dirija toda a sua vida.

🌾🌻🌾
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌾🌻🌾








🌾🌻🌾

Mensagem do ESE:

Desprendimento dos bens terrenos (II)

Em vão procurais na Terra iludir-vos, colorindo com o nome de virtude o que as mais das vezes não passa de egoísmo. Em vão chamais economia e previdência ao que apenas é cupidez e avareza, ou generosidade ao que não é senão prodigalidade em proveito vosso.

Um pai de família, por exemplo, se abstém de praticar a caridade, economizará, amontoará ouro, para, diz ele, deixar aos filhos a maior soma possível de bens e evitar que caiam na miséria. É muito justo e paternal, convenho, e ninguém pode censurar.

Mas será sempre esse o único móvel a que ele obedece? Não será muitas vezes um compromisso com a sua consciência, para justificar, aos seus próprios olhos e aos olhos do mundo, seu apego pessoal aos bens terrenais?

Admitamos, no entanto, seja o amor paternal o único móvel que o guie. Será isso motivo para que esqueça seus irmãos perante Deus? Quando já ele tem o supérfluo, deixará na miséria os filhos, por lhes ficar um pouco menos desse supérfluo? Não será, antes, dar-lhes uma lição de egoísmo e endurecer-lhes os corações? Não será estiolar neles o amor ao próximo? Pais e mães, laborais em grande erro, se credes que desse modo granjeais maior afeição dos vossos filhos. Ensinando-lhes a ser egoístas para com os outros, ensinais-lhes a sê-lo para com vos mesmos.

A um homem que muito haja trabalhado, e que com o suor de seu rosto acumulou bens, é comum ouvirdes dizer que, quando o dinheiro é ganho, melhor se lhe conhece o valor.

Nada mais exato. Pois bem! Pratique a caridade, dentro das suas possibilidades, esse homem que declara conhecer todo o valor do dinheiro, e maior será o seu merecimento, do que o daquele que, nascido na abundância, ignora as rudes fadigas do trabalho.

Mas, também, se esse homem, que se recorda dos seus penares, dos seus esforços, for egoísta, impiedoso para com os pobres, bem mais culpado se tornará do que o outro, pois, quanto melhor cada um conhece por si mesmo as dores ocultas da miséria, tanto mais propenso deve sentir-se em aliviá-las nos outros.

Infelizmente, sempre há no homem que possui bens de fortuna um sentimento tão forte quanto o apego aos mesmos bens: é o orgulho. Não raro, vê-se o arrivista atordoar, com a narrativa de seus trabalhos e de suas habilidades, o desgraçado que lhe pede assistência, em vez de acudi-lo, e acabar dizendo: “Faça o que eu fiz.” Segundo o seu modo de ver, a bondade de Deus não entra por coisa alguma na obtenção da riqueza que conseguiu acumular; pertence-lhe a ele, exclusivamente, o mérito de a possuir. O orgulho lhe põe sobre os olhos uma venda e lhe tapa os ouvidos. Apesar de toda a sua inteligência e de toda a sua aptidão, não compreende que, com uma só palavra, Deus o pode lançar por terra.

Esbanjar a riqueza não é demonstrar desprendimento dos bens terrenos: é descaso e indiferença. Depositário desses bens, não tem o homem o direito de os dilapidar, como não tem o de os confiscar em seu proveito.

Prodigalidade não é generosidade: é, freqüentemente, uma modalidade do egoísmo. Um, que despenda a mancheias o ouro de que disponha, para satisfazer a uma fantasia, talvez não dê um centavos para prestar um serviço.

🌾🌻🌾
– Lacordaire. (Constantina, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 14.)
🌾🌻🌾

Quando puderes


Quando conseguires ver a doença de quem odeia;

a ambição dos que se desmandam pela posse;

a febre dos que enlouquecem de paixão;

a angústia dos desesperados que renegam a própria fé;

e a mágoa de quantos se desequilibram nos hábitos infelizes, não te sentirás com disposição de condenar a ninguém.

🌾🌻🌾
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Sinais de rumo
🌾🌻🌾
Baixa estima


- Complexo de inferioridade consiste em conjunto de ideias que foram recalcadas no inconsciente da criatura em tenra idade, associadas às já existentes pelas experiências obtidas em vidas pretéritas, agindo sobre a conduta humana e provocando:

(1) Sentimentos gratuitos de culpa.
(2) Pensamentos de baixa estima.
(3) Frustração em decorrência da desvalorização da capacidade e habilidade pessoal.

- Definiremos o termo “recalque” ou “repressão”como um processo psíquico através do qual recordações, sentimentos, ideias e desejos inaceitáveis ou desagradáveis são excluídos da consciência, permanecendo apenas no inconsciente.

- As pessoas tentam compensar esse sentimento de inferioridade, adotando formas de viver em que exageram e exaltam a própria personalidade. Tendências à arrogância, delírio megalomaníaco, preferência pela ostentação fazem parte do cortejo daqueles que possuem uma interiorizada depreciação de si mesmos.

- Podemos considerar que a base de todo complexo de inferioridade inicia-se no materialismo, ou seja, na crença do nada, pois quando cremos que tudo provém do acaso e que nada existe senão o que os olhos físicos conseguem visualizar, iniciamos em nós o processo de inferioridade.

- Criamos, a partir daí, um “estilo de vida” inconsciente, baseado em que “não somos nada” e, em nossas profundezas, consideramos ser o produto momentâneo do acaso, ignorando a essência sagrada que habita em nós e lutamos contra uma suposta má sorte, que nos fataliza a desgastar enorme quantidade de energia, por não reconhecermos as Leis Naturais que regulam tudo e todos.

- A criatura materialista precisa crer que é superior, para compensar sua crença na insignificância da existência ou na falta de sentido em que vive. O ser espiritualizado sabe que cada pessoa é tão boa quanto pode ser, conforme seu grau evolutivo.

- A Providência primeira e essencial para que possamos nos curar do sentimento de baixa estima ou inferioridade, é a convicção na imortalidade das almas e na pluralidade das existências.

- O sentimento de autopiedade pode nos tornar doentes fisicamente. A piedade aqui referenciada é o sofrimento moral de pesar ou a aflição que sentimentos por autopunição.

- A baixa estima ou autopiedade pode-nos levar a ser vítimas de nós mesmos, pois estaremos somatizando essas emoções negativas em forma de doenças.

- Os traços psicológicos dos indivíduos que sentem autopiedade são reconhecidos pela ausência de experiências interiores. Eles possuem uma restrita visão de seu ritmo interno, não valorizam seu mundo íntimo nem desenvolvem seu potencia inato, quer dizer, suas capacidades latentes (intuição, inspiração, percepção).

- O sentimento de inferioridade ou de baixa estima associa as criaturas a uma resignação exagerada, a um autodesleixo ou descuido das coisas pessoais.

- O maior sentido de nossa encarnação é a conscientização da riqueza de nosso mundo interior, pois somos essências divinas em busca da perfeição, cujo caminho é o autodescobrimento.

- Algumas afirmações que, se observadas, com atenção, poderão nos ajudar a reconquistar a autoconfiança perdida:

(1) somos potencialmente capazes de tomar decisões sem ter que recorrer a intermitentes conselhos;

(2) possuímos uma individualidade divina;

(3) fazemos as coisa porque gostamos, não para agradar as pessoas;

(4) encontraremos sempre novos relacionamentos. Por isso não temos medo de ser abandonados;

(5) usaremos, constantemente, de nosso bom senso. Portanto, as críticas e as desaprovações não nos atingirão com facilidade;

(6) tomaremos nossas próprias decisões, respeitando, porém as dos outros;

(7) confiaremos na Luz maior que há em nós, pois ela sempre nos guiará pelos melhores caminhos.

🌾🌻🌾
Hammed
Francisco do Espírito Santo Neto
Obra: As dores da alma
🌾🌻🌾

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo comentário.