segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A FAMÍLIA





A família consanguínea é lavoura de luz da alma, dentro da qual triunfam somente aqueles que se enriquecem de paciência, renúncia e boa vontade.

De quando a quando, o amor nos congrega, em pleno campo da vida, regenerando-nos a sementeira do destino.


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Geralmente, não se reúnem a nós os companheiros que já demandaram a esfera superior aureolados por vencedores, e sim afeiçoados menos estimáveis de outras épocas, a fim de restaurarmos o tecido da fraternidade, indispensável ao agasalho de nossa alma, na jornada para frente.


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Muitas vezes, na condição de pais e filhos, cônjuges ou parentes, não passamos de devedores em resgate de antigos compromissos.



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Se for pai, não abandones teu filho aos processos evolutivos da natureza animal, qual se fora menos digno de atenção que a hortaliça de tua casa.

Os filhos são comparáveis a “tratos de terra espiritual” que devolverás, invariavelmente, à Espiritualidade na pauta da sementeira que lhes ofertes.

Se for filho, não desprezes teus pais, relegando-os ao esquecimento e subestimando-lhes os corações quando te parecem em desacordo com os teus ideais de elevação e nobreza, porque também, um dia, precisarás da alheia compreensão para que se te aperfeiçoe na individualidade a região agora menos burilada e menos atendida.

O companheiro mais idoso, em toda parte, é o espelho do teu próprio futuro.

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Aprende a usar a bondade, em doses intensivas, ajustando-a ao entendimento e à vigilância, para que a experiência em família não se te desapareça no tempo, sem proveito para o grande caminho.

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Quem não auxilia a alguns, não se acha habilitado ao socorro de muitos.

Quem não tolera o pequeno desgosto doméstico, sabendo sacrificar-se com espontaneidade e alegria, a benefício dos irmãos de tarefa ou de lar, debalde se erguerá por salvador de criaturas e situações que ele mesmo desconhece.

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Cultiva o trabalho, o silêncio e a generosidade e conquistarás o respeito, sem o qual ninguém consegue ausentar-se do mundo em paz consigo mesmo.

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Se não praticas o grupo familiar ou no esforço isolado a comunhão com Jesus, não te demores a buscar-lhe a vizinhança, a inspiração e a diretriz, no culto do Evangelho.

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Não percas o tesouro das horas em reclamações improfícuas ou destrutivas.


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Procura atender e auxiliar a todos em casa para que todos em casa te entendam e auxiliem na solução dos problemas do cotidiano.

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O lar é o porto de onde a alma se retira para Além do Mundo e quem não transporta no coração o lastro da experiência cristã, dificilmente escapará de surpresas inquietantes e dolorosas.


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Procura o Evangelho com todos ou sozinho.

Recorda que todo dia é dia de começar.

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Emmanuel 
Chico Xavier
Obra: Nós   








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